Portuguese FAQ
INTRO
O que é o Content Team?
Existe um time de conteúdo dentro da Musixmatch - o Content Team. Diferentemente dos Curators e Specialists, esse time trabalha diretamente dentro da sede da empresa na Itália. Além de trabalhar junto com outros times no aprimoramento do produto utilizado pela comunidade - ou seja, o aplicativo de forma geral -, o CT de Portugues é responsável por todo o conteúdo lusófono da empresa. Assim, todo o material produzido pela comunidade acaba passando pelo CT, que corrige, edita, melhora ea valia tudo o que é produzido especificamente para o português.
Questions
Sobre a sua dúvida: como devemos transcrever interjeições?
A regra é transcrever as interjeições “Uh!" "Ei!" "Ah, ah!" sempre que forem necessárias/indispensáveis para a letra. Ou seja: se for algo que o público canta ou é uma parte que identifica a música é indispensável, de resto é opcional.
Exemplo: Anna Júlia - Los Hermanos
“Oh Anna Júlia, ah, ah-ah!
Oh Anna Júlia, ah, ah-ah!
Oh Anna Júlia, Júlia, Julia
Uô-uô-uô!”
Sobre a sua dúvida: posso usar pontos de exclamação?
Se você achar que é indispensável ou que existe realmente uma exclamação óbvia, é admitido o ponto de exclamação, tanto nas partes faladas quanto cantadas de uma música. No caso, não é necessário colocar sempre que o artista fala, a não ser que ele esteja exclamando algo, o que é comum. Você deve seguir a regra gramatical.
Sobre a sua dúvida: quais as regras para o uso de pontuação como parênteses e travessão?
Nós evitamos o uso excessivo da pontuação que não é extremamente necessária: por mais que eles tragam fluidez para a leitura de forma geral, acabam tendo o efeito contrário quando se está lendo e ouvindo o texto de uma música ao mesmo tempo. O uso da pontuação, para além do uso gramatical, é admitido quando faz sentido para a divisão de um trecho da frase ou do verso, para que ele não perca sonoridade e não fuja tanto da estrutura. Normalmente, trabalhamos assim:
- Travessão, aspas e ponto e virgula (;): não usamos em nenhum caso
- Chaves e colchetes: não usamos em nenhum caso
- Reticências: para indicar fade out ao fim da canção, ou interrupção inesperada de uma palavra por parte do cantor.
- Dois pontos: quando houver necessidade de introduzir uma fala
Ex.: E falei: não vou voltar
- Parênteses: quando houver backing vocal, ou algum comentário falado/cantado ao mesmo tempo em que a frase principal (muito comum em lives, no samba e no sertanejo)
Ex.: E nessa loucura de dizer que não te quero (canta, Barretos!) – fala do cantor numa live
Ex.2.: Aleluia! (Aleluia!) – backingvocal
Sobre a sua dúvida: quando devo capitalizar a letra de algo entre parêntesis?
Capitalizamos quando é nome próprio ou início de frase.
Ex.:
(E nessa loucura) de dizer que não te quero
Vou negando as aparências, disfarçando as evidências
Mas pra quê viver fingindo (se eu não posso enganar meu coração?)
Eu sei que te amo (Xororó)
Chega (de mentiras), de negar o meu desejo
Eu te quero mais que tudo, eu prexiso do seu beijo
Eu entrego a minha vida (pra você fazer o que quiser de mim)
Só quero ouvir você dizer que sim! (Canta com a gente!)
Nesse trecho, o primeiro texto no parêntese é capitalizado porque é início de frase; o segundo, porque é nome próprio; o último, porque não é uma continuação ou trecho da frase, e sim algo a mais. Os outros seriam o público cantando, mas o texto é idêntico ao original, então os parênteses indicam somente uma mudança de voz.
Sobre a sua dúvida: pronomes de tratamento devem ser escritos com a primeira letra maiúscula?
Do ponto de vista da língua falada, pronomes de tratamento são comumente usados como parte do próprio nome: Seu Zé, Dona Maria, Seu Joaquim, Dona Conceição. Nesses casos, usamos os pronomes com letra maiúscula.
Sobre a sua dúvida: nas partes faladas, posso colocar como #INTRO ou #OUTRO como tag, quando for o caso?
Sim! Caso as partes faladas estejam no início da música, geralmente é INTRO; caso elas estejam no fim, geralmente é o OUTRO. A tag “OUTRO” muitas vezes aparece também cantada. As restantes partes faladas que estão no meio da canção vão tagadas sempre como VERSE
Sobre a sua dúvida: quais as regras para o uso do apóstrofo?
Além dos casos onde ele é necessário gramaticalmente e, por isso, vai inserido – d’agua, minh’alma, etc -, usamos o apostrofo para indicar as vezes em que alguma mudança é feita na palavra a nível fonético, para que fique claro que mantê-la próxima da oralidade foi uma escolha editorial (ex.: mesmo/memo’)
Contudo, nos casos de uso comum, onde as abreviações já fazem parte do cotidiano, para evitar que o texto fique sobrecarregado, não usamos apostrofo. Esses casos são os de contrações como tá, tô, cê, nóis (no rap), ou quando alguma palavra que deveria estar no plural está no singular pois foi cantada assim pelo artista (ex.: os menino, e não os menino’)
Sobre a sua dúvida: Quando a música começar com a melodia e a letra igual a um #CHORUS, mas a harmonia e ritmo são como os de uma #INTRO, devo colocar qual das duas tags?
Cada música é uma música, não existe uma regra absoluta. Mas, geralmente, se a letra e a melodia forem iguais e só o que muda é a harmonia, ela continua a ser CHORUS, por uma questão de procurar o máximo de coerência
Sobre a sua dúvida: em que situação se deve usar a tag #OUTRO?
Ela é colocada exclusivamente no fim da música, quando ela perde a força e decai e para as partes faladas, ou tudo que não se "encaixa" na música no seu final, nunca para o clímax. O clímax geralmente corresponde ao #BRIDGE
Recapitulando:
#OUTRO
O outro aparece exclusivamente no final da música (mesmo no caso de medleys). Ele é a conclusão, e pode se apresentar de formas diferentes de acordo com cada canção: pode ser um refrão modificado, pode ser um o artista despedindo do público numa live, e assim por diante. Quando a música termina no refrão idêntico aos outros, usamos #CHORUS mesmo.
#BRIDGE
Essa tag gera muita confusão. Ela não necessariamente aparece em toda música, e é a estrofe que indica uma mudança relativamente abrupta na canção - pode ser o clímax da música, uma mudança de ritmo e estrutura, e assim por diante: mas ela é sempre perceptível. Muitas vezes, pode ser instrumental (mas nesse caso, não inserimos a TAG), e não há um lugar específico onde ela tem que aparecer na música - apesar de que, na maioria dos casos, é entre o meio e o final.
Sobre a sua dúvida: como devemos transcrever músicas com dialetos ou tradições orais específicas?
Existem diversas representações e tradições orais em cada gênero musical. A orientação é sempre seguir essas representações e a forma como o artista canta, ainda que não seja “gramaticalmente correto”.
Sobre a sua dúvida: pode-se utilizar ponto final no meio de uma frase, sem a quebra da linha?
Há exceções, mas na maioria dos casos está errado. Via de regra, as situações possíveis são as seguintes:
- Grande parte das vezes, esse ponto pode ser substituído por uma virgula. Se esse for o caso, está errado e deve ser corrigido;
- Se o ponto indica só o fim de uma frase e a frase que inicia em seguida não tem relação direta com a anterior, o correto é dividir a estrutura da frase em duas linhas;
- Existem alguns casos onde as frase se complementam; contudo, nesses casos, na maioria das vezes o ponto será de interrogação, como no seguinte exemplo:
“Ela veio quente, hoje eu tô fervendo
Ela veio quente, hoje eu tô fervendo
Quer desafiar? Não tô entendendo”
Sobre a sua dúvida: pronomes e substantivos relativos a Deus nas letras de música devem ser escritos com letra maiúscula?
Para facilitar a transcrição e a formatação das músicas e também para acomodar tanto a questão do respeito às diversas religiões quanto às regras gramaticais, foram definidas as seguintes diretrizes para o português:
- Os nomes que se referem às entidades sempre em maiúsculo: Deus, Jesus, Shiva, Iemanjá, Zeus, Espírito Santo (que é uma entidade), etc;
- Em minúsculo os nomes que "adjetivam" a entidade: santo, mestre, majestade;
- Em minúsculo todos os outros substantivos: graça, poder, luz, poder, teu nome, filho, etc.
Casos como: Teu, Seu, Ele, Ti são aceitáveis, mas não obrigatórios. Casos como d'Ele, n'Aquele, conTigo, tornam o texto difícil de ler e por isso neste contexto não é necessário